Comercialização virtual de produtos da agricultura familiar em tempos de pandemia

Novos canais de comercialização para agricultura familiar, grande oportunidade e desafios.


Nesse período de quarentena vemos muitas publicações dizendo que o mundo não será mais o mesmo depois desta pandemia. A rigor, certamente não será o mesmo, e nem seria se não tivesse este fato, o mundo está sempre em mudança, é algo natural. 

Logicamente que quando consumimos esses conteúdos, eles se referem à mudanças profundas da forma de agir e pensar da população, pois esse tal coronavírus, mexeu com todos, sejam pobres ou ricos, logicamente também, alguns tem melhores condições de lidar com os impactos que outros.

Feira Virtual de Erechim/RS
Mas a minha proposta aqui é refletir um pouco sobre as mudanças que poderão ocorrer na forma de comercializar os produtos da agricultura familiar, pois este segmento também sofre impacto com esta quarentena, aqui no Rio Grande do Sul, não basta-se o tal coronavírus, os agricultores sofrem com um grande prejuízo ocasionado pela falta de chuva que dificultou a vida de milhares de famílias.

Algo que escutei muito de outras pessoas, principalmente de profissionais da área de gestão, é de que nos períodos de crise, ou períodos mais difíceis nas vidas das pessoas ou empresas, surgem novas ideias e alguns comportamentos da sociedade acabam mudando para melhor ou não. Acompanhando algumas iniciativas de agricultores na busca de alternativas para comercialização da produção que ficou represada devido à pandemia, vejo que várias inciativas se dão pela internet.

Apesar do comércio eletrônico de produtos não ser algo novo, no Brasil a comercialização de perecíveis como alimentos ainda não tinha deslanchado, apesar de vir crescendo nos últimos anos. Mas quando se pensa na agricultura familiar, sabe-se que assim como existem potenciais, também existem dificuldades para operacionalizar um processo de comercialização direta, porém, nos últimos dias vejo surgir várias iniciativas, utilizando como canais de venda virtual: redes sociais, sites, portais, e-mail e telefone. 

Voltando a questão,de que depois dessa pandemia o mundo não será o mesmo, creio que a comercialização virtual estará mais consolidado como alternativa viável para famílias da agricultura familiar deste país, porém, após passado este período, quem dirá se isso tudo veio para ficar ou não, é o consumidor, por isso, este momento deve ser levado com extrema seriedade e profissionalismo por quem oferta, buscando encantar o consumidor, proporcionado um experiência positiva. 

Como profissional da área de marketing, entendo como uma grande oportunidade para aproximação de agricultores e consumidores finais, porém, é preciso apoio principalmente aos agricultores, pois a comercialização virtual de alimentos tem algumas diferenças que precisam ser observadas, caso contrário a oportunidade pode ser perdida. 

Entre os desafios para os agricultores e/ou suas instituições representantes, estão por exemplo: entregar produtos "frescos" ao consumidor, organizar a logística de entrega de forma eficiente e eficaz, atender as expectativas do cliente, realizar uma entrega diferenciada e coerente com o conceito de agricultura familiar, etc. Você que é consumidor, feche os olhos por um instante, e imagine o processo de compra e recebimento de produtos da agricultura familiar, você imagina algo diferente de uma aquisição como outra qualquer?, esse exercício vale para que vai realizar a venda também, tentar imaginar a experiência, isso pode clarear muita coisa que tento expressar aqui. 

Naquilo que se propõe este texto, fica uma pergunta, que pode ser respondida por quem estiver lendo, basta escrever logo abaixo no campo de comentários: será que após esse período de pandemia a comercialização de produtos da agricultura familiar pelos meios digitais irá ter um grande salto? ou tudo voltará ao que era antes!?

Abraço e obrigado pela visita!


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