Quando utilizar adubação de reposição ?
Pela relevância do tema e pela parceria que tenho com o Blog Na Sala com Gismonti, abaixo estou postando Clipping sobre adubação de reposição.
Algumas vezes podemos adicionar ao solo as quantidades de fósforo (P2O5) e potássio (K2O) quando baseado na quantidade destes nutrientes retirada pelas culturas. Esta possível adubação é chamada de "reposição" ou "exportação".
Entretanto, podemos adotar esta prática para qualquer nível de fertilidade do solo? Não. Esta prática somente deve ser aplicada quando os nutrientes fósforo e potássio estão na faixa "alta"(1) ou "muito alta" (2). A faixa alta é para aqueles Estados em que o P e K são classificados em faixas até "alta". A faixa "muito alta" é válida para aqueles estados que têm uma maior amplitude na classificação de P e K em faixas, ou seja, muito baixo, baixo, médio, alta, muito alta. Entretanto, devemos salientar que muitas culturas respondem à pequenas doses de fertilizantes no plantio, quando a análise do solo indica que os teores de nutrientes P e K estão na faixa alta (1) ou muito alta (2).
Esta teoria provém do fato que em solos com teores de P e K maiores do que o teor crítico, visto que a resposta das plantas seria pequena, a simples reposição dos nutrientes retiradas pelos grãos, frutos ou massa verde e mais as perdas do sistema, seria o suficiente para determinar a recomendação de adubação. As perdas do sistema são maiores no sistema convencional (20 a 50%) e menores no sistema de plantio direto (20 a 30%).
Um cuidado que o produtor deve ter é com a coleta da amostra de solo para ser analisada. Esta amostra deve ser bem coletada para evitar erros grosseiros. Lembre-se que o laboratório analisa e dá o resultado de acordo com a amostra que foi enviada. Se o produtor coleta mal a amostra de terra, o resultado da análise não vai ser fiel, confiável e não vai espelhar a real situação da fertilidade do solo.
As áreas que foram adubadas com fosfato natural devem ser identificadas para o laboratório, pois o método de extração de P, neste caso, deve ser o método P-resina. O método P-Mehlich 1 superestima o teor de P nas amostras de solos que foram adubados com fosfato natural.
Na Tabela 1 encontramos algumas culturas com as respectivas quantidades de nutrientes NPK retiradas em quilos por tonelada de grãos. Por exemplo: cada 1.000 kg de grãos de milho retiram 16 kg de N, 8 kg de P2O5 e 6 Kg de K2O. Assim uma produção de 6.000 kg de milho requer como adubação de reposição, a quantia de 96 kg de N, 48 kg de P2O5 e 36 kg de K2O mais as perdas de 20 a 50% no caso de lavouras no sistema convencional e 20 a 30% nas lavouras em sistema de plantio direto. A soja exporta mais fósforo e potássio. Conforme a Tabela 1, para uma produção de 3.600 kg/ha, a reposição deverá ser de 216 kg de N, 50,4 kg de P2O5 e 72 kg de K2O mais as perdas do sistema.
Estas perdas do sistema representam: no caso do milho, em lavoura convencional, 48 kg P2O5 x 20/100 = 9,6 kg. Portanto devemos acrescentar 48 + 9,6 = 57,6 kg. Ou 48 kg P2O5 x 50/100 = 24 kg. Ou seja, 48 + 24 = 72 kg P2O5. Com o K2O fazer a mesma coisa. Lembre-se: a adubação de reposição de fósforo e potássio só deve ser realizada quando os teores destes nutrientes estiverem na última faixa de classificação nas tabelas de recomendação de cada Estado; em algumas é a faixa "alto" e em outras é a faixa "muito alto".
Fonte: Na Sala com Gismonti
Clipping
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